quarta-feira, 16 de junho de 2010
















Photo: Ernesto Rodrigues with Reuben Radding


[…] A música é também isso, um sentido para os sons e silêncios, a harmonia desses resultante, ou a desarmonia.
A criação, recriação dos sons, das linhas melódicas ou das rupturas, do fluído ou do corte, pelo silêncio ou de outro ruído, que o silêncio também é.
A arte, como o exercício do palato é essa descoberta, e a sua conjugação articulada ou desarticulada no seu sentido.
Gosto dos sons.
Com o Pedro Caldeira, meu velho amigo, apesar, e por isso mesmo, de todas as divergências "ideológicas", escrevi sobre, ouvi jazz, e também me enamorei desse som como sexo.
Com o irmão, o Ernesto Rodrigues, e o Guilherme, e os amigos colaboradores, e ontem com o Manuel Mota, no CCB, numa organização do meu velho amigo e camarada REP e da Granular, ouvi uns sons "marados".
Que dão como referi uma grande pedra, no "bom" sentido, pois são as desarmonias que contróiem uma vitalidade, a vitalidade, o som onde se descobre sentir, sentido.
No carro vim a ouvir o cd “Dorsal”.
Cheguei nas nuvens.
Este som que se perde na perdição é uma nova energia.
Que ilustrará, a seu tempo um filme suave, sobre essas.
António Eloy

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