quarta-feira, 16 de junho de 2010


Com um percurso de décadas feito no cruzamento da música erudita contemporânea e do free jazz, o nome de Ernesto Rodrigues ficaria associado às novas tendências da livre-improvisação que emergiram na Europa (com centros nevrálgicos na Alemanha, na Áustria, em França, na Grã-Bretanha e em Portugal), nos Estados Unidos, no Canadá, no Japão e na Austrália. Às novas propostas surgidas chamou-se genericamente de reducionismo, pelo facto de cultivarem a proximidade do silêncio, mas também por trocarem a lógica do fraseado pela construção de texturas e por utilizarem os instrumentos fora dos tradicionais conceitos de escala. A música electrónica é uma influência forte no modo como Rodrigues aborda a viola e o violino, cortando radicalmente com os modelos que nos chegam do romantismo. Fez música para dança, cinema e vídeo e lançou em 1999 a muito bem sucedida editora Creative Sources, uma das mais importantes “labels” de música experimental, electro-acústica e improvisada a nível mundial, com mais de 100 títulos editados e uma entusiástica receptividade por parte da crítica internacional. Rui Eduardo Paes

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