segunda-feira, 16 de novembro de 2015

CREATIVEFEST 9


photo: Ernesto Rodrigues

Contando este ano com 14 anos de actividade ininterrupta, num catálogo imponente com mais de 300 edições, a editora de Ernesto Rodrigues tem vindo a sedimentar uma visão profundamente idiossincrática por entre os meandros da música improvisada, com um vigor e propriedade únicos. Embora habitualmente conotada com as estratégias da improvisação lower case e do reducionismo, que têm no seu mentor um dos nomes mais fulcrais, não se esgota nesses pressupostos, abrindo espaço para edições tangentes a alguma electrónica mais abstracta, ao jazz, à música contemporânea e electro-acústica e demais formas incatalogáveis com um sentido de direcção inatacável que se celebra em vários pontos da cidade e que tem na ZDB ponto de paragem natural e obrigatório nos dias 27 e 28. (ZDB)

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

CREATIVE FEST REALIZA-SE DE 24 A 29 DE NOVEMBRO


photo: Ernesto Rodrigues and José Oliveira


A 9ª edição do Creative Fest, o festival que reúne a família da editora Creative Sources, realiza-se este ano entre os dias 24 e 29 de Novembro. Durante seis dias serão apresentados concertos de música improvisada em cinco espaços lisboetas diferentes. O festival arranca no dia 24 na Ler Devagar, na Lx Factory, que acolhe três concertos: quarteto de Paulo Galão, Paulo Gaspar, João Madeira e Alvaro Rosso; trio de José Bruno Parrinha, Ricardo Jacinto e Luís Lopes; e o ensemble "Suspensão", com Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Nuno Torres, Eduardo Chagas, António Chaparreiro, Carlos Santos, Miguel Mira e Nuno Morão. No dia 25 o O'Culto da Ajuda recebe a actuação do colectivo IKB, grupo de grande dimensão e formação variável. No dia 26 o Desterro vai acolher duas actuações: duo de Paulo Alexandre Jorge e Manuel Guimarães; e duo de Luís Vicente e Joaquim de Brito.

A Galeria ZDB vai acolher concertos em dois dias, nos dias 27 e 28. No dia 27, sexta-feira, há cinco concertos: solo de Simon Vincent; solo de Maria da Rocha; duo "Sirius" de Yaw Tembe e Monsieur Trinité; trio de António Chaparreiro, Bernardo Álvares e Nuno Morão; e "Lost Socks" de Marco Von Orelli e Sheldon Sutter. No sábado, 28, a ZDB recebe mais cinco concertos: trio de Maria do Mar, Luís Rocha e Adriano Orrú; e ADDAC Quarters, de André Gonçalves, Filipe Felizardo, Nuno Moita e Ricardo Guerreiro; trio de Albert Cirera, Abdul Moimême e Alvaro Rosso; "Angel Trio" de Stephan Sieben, Adam Pultz e Hakon Berre com o convidado Paulo Chagas; e quinteto de Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Nuno Torres, Eduardo Chagas e Carlos Santos.

O festival encerra no domingo, dia 29, às 17h00 na Igreja de St. George, com a actuação da Variable Geometry Orchestra, ensemble de grande dimensão que vai reunir no mesmo palco a maior parte dos anteriores participantes no festival. Nuno Catarino (Bodyspace)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

VEM AÍ UMA SEMANA DE CREATIVE FEST



photo: Ernesto Rodrigues / VGO


Dura toda uma semana, de 24 a 29 de Novembro. É a mais longa edição do festival da Creative Sources, o outro caso de sucesso, a par da Clean Feed, da edição discográfica portuguesa na área da improvisação, com alguma electroacústica e algum jazz à mistura entre mais de 300 títulos publicados. Serão quatro os locais ocupados pelo Creative Fest, a Ler Devagar (Lx Factory), o Desterro, o O’Culto da Ajuda, a ZDB (o único espaço em que o evento se realizará em dois dias consecutivos) e a St. George’s Church, sempre em Lisboa.
Serão três os concertos da Ler Devagar, a 24. Primeiro um quarteto reunindo dois clarinetistas Paulo Galão e Paulo Gaspar, e dois contrabaixistas, João Madeira e Alvaro Rosso, depois o trio de José Bruno Parrinha (clarinetes e saxofones), Ricardo Jacinto (violoncelo) e Luís Lopes (guitarra eléctrica) e finalmente o ensemble Suspensão, com Ernesto Rodrigues (viola), Guilherme Rodrigues (violoncelo), Nuno Torres (saxofone alto), Eduardo Chagas (trombone), António Chaparreiro (guitarra eléctrica), Carlos Santos (electrónica), Miguel Mira (contrabaixo, em vez do seu habitual violoncelo) e Nuno Morão (percussão).
A 25, no O'Culto da Ajuda, será a vez do IKB, colectivo inspirado no tipo de azul ultramarino sintético inventado pelo artista plástico Yves Klein e que conta com uma formação variável reunida a partir da nata da música improvisada, do jazz, da electrónica e das novas tendências praticadas na Grande Lisboa. No dia 26 passa-se para o Desterro, onde haverá uma dupla de duetos, com Paulo Alexandre Jorge (saxofones) e Manuel Guimarães (baixo eléctrico, a sua nova descoberta) e, após intervalo, Luís Vicente (trompete) e Joaquim de Brito (berimbau).
Na ZDB, a 27, serão cinco as prestações. A dois solos de Simon Vincent (electrónica) e Maria da Rocha (violino) seguem-se o projecto Sirius de Yaw Tembe (trompete, electrónica) e Monsieur Trinité (percussão, objectos), o trio de António Chaparreiro, Bernardo Álvares (contrabaixo) e Nuno Morão e os Lost Socks de Marco von Orelly (trompete) e Sheldon Sutter (bateria), ou seja, a metade suíça dos Big Bold Back Bone.
O dia seguinte, ainda na ZDB, abre com o triângulo de Maria do Mar, Luís Rocha (clarinetes) e Adriano Orrú (contrabaixo), este ano estreado no MIA, e o ADDAC Quarters de André Gonçalves, Filipe Felizardo, Nuno Moita e Ricardo Guerreiro, sendo de prever que este estará centrado na utilização dos sintetizadores modulares ADDAC, de Gonçalves. Seguem-se o saxofonista Albert Cirera com Abdul Moimême (guitarra eléctrica preparada) e Alvaro Rosso, o Angel Trio de Stephan Sieben (guitarra eléctrica), Adam Pultz (contrabaixo) e Hakon Berre (bateria) com Paulo Chagas (oboé, flauta, clarinetes, saxofones) como convidado e um quinteto com Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Nuno Torres, Eduardo Chagas e Carlos Santos.
O fecho faz-se no fim da tarde de 29 de Novembro, na St. George’s Church, com a Variable Geometry Orchestra, juntando a maior parte dos anteriores participantes do festival no prosseguimento do trabalho apresentado no recentíssimo “Lulu Auf Dem Berg”. Rui Eduardo Paes (Jazz.pt)