photo: Ernesto Rodrigues, Nuno Torres & Maria Radich
O outro lado da Creative Sources
Se não fossem alguns dos nomes mais conhecidos (John Edwards, Mark Sanders, Jacques Di Donato, Floros Floridis, Alexander Frangenheim, Roger Turner…), a consulta dos instrumentários nas fichas técnicas bastaria para perceber que estes discos não condizem com a orientação habitual da editora. As combinações de timbres são bem mais convencionais, com a clássica secção rítmica com bateria, contrabaixo e, às vezes, piano atrás de um ou mais sopros e de outros instrumentos melódicos e solistas. Ainda que as músicas tocadas fujam aos padrões e pouco fique das jazzísticas hierarquizações de naipes.
Como não podia deixar de ser, esta outra, e menos comentada, vertente da Creative Sources surge com vários matizes. Pode ir desde a mais explícita incursão na estética do grito inaugurada por Albert Ayler, aquilo a que os improvisadores mais experimentais chamam – mal ou bem – ”old school”, até uma música exploratória com vagas ligações reminiscentes com a gramática e o património do jazz. Entre um “estado” e o outro passando por diversos níveis de relacionação com essa matriz, entre distanciamentos e aproximações. Vejamos como, caso a caso… Rui Eduardo Paes (Jazz.pt)